🔥🔥🔥 Avaliando o Porta-Voz Ideal em Tempos de Crise 🔥🔥🔥
Recentemente tive alguns questionamentos sobre o Papel do Porta voz em uma crise e acredito que esta postagem pode ajudar muito quem esta na duvida.
A decisão do porta-voz durante uma crise é crucial. É um momento que pode moldar a narrativa e a percepção da empresa, definindo seu futuro diante do público. Mas há um ponto crucial a considerar: será que o CEO ou C-levels são sempre a melhor opção?
A verdade é que o líder máximo, os os diretores, nem sempre são a escolha mais eficaz. A habilidade de se conectar, transmitir compaixão e confiança é primordial. É preciso perguntar: o porta-voz consegue fazer isso? Mantém a calma sob pressão? Controla as emoções? Transmite autenticidade e credibilidade?
Momentos de desastre, crises são testes definitivos. Elas colocam à prova os valores da empresa e a liderança. Lembra-se de Rudy Giuliani durante o 11 de setembro? Sua postura o tornou um herói. Já a resposta de George Bush ao furacão Katrina foi o início de uma queda. E Tony Hayward da BP, após sua infame frase durante o derramamento de petróleo no Golfo, foi afastado.
Então, o que faz um bom porta-voz e por quê?
Vamos ao ponto polêmico: o CEO deve ser automaticamente o porta-voz em uma crise? Ele é o ativo de comunicação mais valioso, sim, mas sua presença pode trazer diversos significados, intencionados ou não. Às vezes, pode piorar a situação, como vimos com Tony Hayward.
É fácil colocar o CEO na linha de frente. Eles têm boa articulação. Mas é necessário pensar profundamente sobre as implicações de colocá-lo diante das câmeras, seja na CNN, YouTube ou The New York Times.
É necessário colocar o CEO para falar. Afirmo categoricamente, NÃO. A sua presença envia uma mensagem forte: "Eu me importo e assumo a responsabilidade"deve-se ter em mente que todas as decisões, acertadas ou não serão atreladas a ele. Pense com clareza, qual o ganho de se ter um CEO na fala? Nenhum, não há ganho de capital de liderança com isso.
Um exemplo marcante foi a crise da Domino's Pizza. Após um incidente grave, o desempenho do CEO foi criticado. As palavras certas foram ditas, mas a impressão geral foi negativa.
A mídia quer ouvir quem está mais próximo da ação, alguém que possa dar um relato em primeira mão. Esse porta-voz operacional, desde que seja articulado e tenha conhecimento do assunto, será mais confiável que o CEO, geralmente distante da situação.
A regra básica é escolher a pessoa mais credível, autêntica e genuinamente interessada na comunidade/afetados. Em tempos de crise, a verdadeira empatia e comprometimento falam mais alto do que o cargo que alguém ocupa.
Já enfrentamos diversas crises e aprendemos: a escolha do porta-voz importa. Cabe a nós, como líderes, decidir com sabedoria quem representará nossa empresa quando mais precisarmos. E essa escolha não deve se basear apenas em cargos, mas na real capacidade de conectar-se e liderar em tempos desafiadores.
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